terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

O PRIMEIRO JÁ FOI

Gustavo Bebianno (Valter Campanato/Agência Brasil)

Bolsonaro demite Bebianno da Secretaria-Geral da Presidência

Primeiro ministro demitido do governo, Bebianno comandou a campanha presidencial de Bolsonaro nas últimas eleições; general da reserva Floriano Peixoto Neto assume cargo.

Depois de dias de impasse, confusões e informações desencontradas, o presidente Jair Bolsonaro enfim decidiu exonerar Gustavo Bebianno do cargo de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (18) pelo porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros.

“O excelentíssimo senhor presidente da República decidiu exonerar nesta data do cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República o senhor Gustavo Bebianno Rocha. O senhor presidente da República agradece a sua dedicação à frente da pasta e deseja sucesso na nova caminhada.”

O porta-voz da presidência afirmou ainda que, no lugar de Bebianno, assumirá o general da reserva Floriano Peixoto Neto. O militar será o oitavo a assumir um ministério no governo de Jair Bolsonaro.

Ex-presidente do PSL, Gustavo Bebianno foi alvo de denúncias do jornal Folha de S. Paulo. O veículo apontou supostas irregularidades em sua gestão à frente do caixa eleitoral do PSL. O partido é suspeito de liberar verbas para candidaturas laranjas.

Para acalmar os ânimos, diante da repercussão negativa causada pela denúncia, Bebianno afirmou ao jornal ‘O Globo’ que conversou três vezes com o presidente Jair Bolsonaro em uma tentativa de desfazer a impressão de que vem sofrendo desgastes dentro do governo. O filho de Bolsonaro, Carlos, conhecido como Pitbull, fez jus ao nome e resolveu divulgar um áudio nas redes sociais em que o presidente desmente o Secretário-Geral da Presidência. Carlos e Bebianno são desafetos declarados.

A partir daí, a confusão não parou de crescer. Bebianno, que inicialmente soltou nota avisando que não se demitiria, fez declarações colocando em dúvida a biografia de Bolsonaro.  

Diante do cenário praticamente irreversível, o ex-presidente do PSL encerrou sua participação no governo e teve sua exoneração confirmada.


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