Deputada petista detida em flotilha em Israel passa por audiência judicial e pode ser deportada
A deputada Luizianne Lins (PT-CE) passou neste domingo por audiência judicial em Israel, após ser detida durante uma flotilha humanitária que levava alimentos e remédios à Faixa de Gaza. Com o fim da audiência, as autoridades israelenses poderão iniciar o processo de deportação da parlamentar e dos demais estrangeiros presos, embora ainda não haja prazo definido para o retorno.
Luizianne está detida na prisão de Ketziot, no deserto de Negev, junto a outros integrantes da delegação brasileira. Segundo a coordenação da missão, o grupo enfrenta condições precárias, com falta de água, comida e medicamentos, além de relatos de agressões físicas e pressão psicológica.
No sábado, a deputada recusou-se a assinar o documento de deportação imediata proposto por Israel. De acordo com sua advogada, ela considerou o termo abusivo e decidiu permanecer sob custódia em solidariedade aos demais brasileiros que também rejeitaram o procedimento.
O Itamaraty acompanha o caso por meio da embaixada em Tel Aviv e mantém diálogo com as autoridades locais. O governo brasileiro classificou a ação israelense como uma violação de direitos e pediu o fim das restrições à entrada de ajuda humanitária em Gaza.
O episódio mobilizou o Congresso. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), acionou o Itamaraty e cobrou respeito às prerrogativas parlamentares de Luizianne.
“Seguiremos mobilizados para dar o apoio necessário e garantir o retorno seguro da deputada”, afirmou Motta.
Em nota, a assessoria de Luizianne classificou as detenções como ilegais e exigiu a libertação imediata da delegação brasileira, afirmando que “nenhuma ação solidária e amparada pelo direito internacional pode ser tratada como crime”.
Fonte: Portal Grande Ponto
.gif){kind=small}
Nenhum comentário:
Postar um comentário