Diretora da CGU diz que INSS já sabia de fraudes no governo Bolsonaro
O relator da Comissão, Alfredo Gaspar (União-AL), não permitiu conclusão da resposta da diretora
A sessão da CPMI do INSS da última quinta-feira (5) registrou um momento de tensão entre o relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), e a diretora de Auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU), Eliane Viegas Mota.
O momento teve início quando Gaspar questionou se, em 2021, houve alguma comunicação da CGU a autoridades da República sobre irregularidades em descontos associativos. "Eu quero saber se em 2021 foi feito alguma comunicação da CGU para alguma autoridade da República sobre regularidade de desconto associativo", indagou.
A diretora começou a responder, afirmando que havia registros em diferentes anos e citando a atuação da CGU no Grupo de Trabalho Interinstitucional (GTI) da Previdência: "Se nós pegarmos as atas do GTI Previdência, nós temos sim manifestação não só da CGU, mas do Ministério Público e da Defensoria Pública da União. Por isso que eu tô falando especificamente. Eu preciso pegar ano a ano".
Antes que concluísse, o relator a interrompeu de forma incisiva: "Eu preciso saber da CGU. Eu estou perguntando da CGU".
O corte brusco impediu a continuidade da explicação da diretora e evidenciou o clima de confronto entre o relator e depoente, marcando a audiência da CPMI.
O embate ganhou novos contornos quando o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) interveio em defesa da diretora, pedindo que o presidente da comissão assegurasse seu direito de resposta diante das interrupções feitas pelo relator. Coube ao presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), intervir para restabelecer a ordem e encerrar a troca de farpas.
Fonte: Congresso em Foco
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