domingo, 28 de setembro de 2025

ENSINO A DISTÂNCIA SUPERA NÚMERO DE ALUNOS DO SISTEMA PRESENCIAL PELA PRIMEIRA VEM NO BRASIL

Brasil tem mais estudantes em cursos a distância do que na modalidade presencial

Pela primeira vez, há mais estudantes matriculados em cursos de graduação a distância (EAD) do que em cursos presenciais no Brasil. Em 2024, de um total de 10,22 milhões de alunos no ensino superior, 5,18 milhões estudavam na modalidade a distância — ou seja, mais da metade.

Os dados são do Censo do Ensino Superior 2024, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), ligado ao MEC.

Quase todos os alunos de EAD (95%) estão em faculdades particulares. Desde 2020, mais estudantes têm optado pelo EAD ao ingressar no ensino superior, mas agora a modalidade também supera o presencial no total de matrículas.

O EAD está concentrado em grandes grupos educacionais e em quatro estados: Paraná, São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro. Juntos, esses estados reúnem 88% das instituições que oferecem cursos a distância.

No Amazonas, há 13.875 alunos matriculados em EAD de instituições com sede no Estado, ocupando a 19ª posição no ranking nacional.

Além desses, o Amazonas ainda conta com alunos matriculados em cursos a distância das quatro principais sedes educacionais de EAD no país: 17.059 em instituições do Paraná, 13.367 em São Paulo, 16.591 em Santa Catarina e 10.306 no Rio de Janeiro.

Crescimento e mudanças nas preferências

Em 2024, dois terços dos novos alunos (67%) escolheram cursos a distância, somando mais de 3,34 milhões de ingressantes. Já os cursos presenciais receberam 1,66 milhão de novas matrículas.

Desde 2014, o número de ingressantes em cursos presenciais caiu 30%, enquanto os cursos EAD cresceram 360%, recebendo 727 mil novos alunos no ano.

O dados revelam ainda que o EAD tem contribuído para a redução de cursos presenciais noturnos. Os estudantes estão preferindo estudar a distância do que frequentar aulas presenciais à noite.

Apesar do avanço, o crescimento do EAD tende a desacelerar. Entre 2023 e 2024, as matrículas cresceram 5,6%, ante 13,4% no período anterior.

Segundo o MEC, isso se deve à estabilidade pós-pandemia e às novas regras que buscam melhorar a qualidade e a regulação dos cursos.

Em maio de 2025, o governo federal limitou a oferta de cursos EAD nas áreas de saúde e licenciatura, que tiveram maior aumento de matrículas nos últimos anos. O objetivo é garantir a qualidade da formação prática de profissionais como enfermeiros e professores.

Fonte: Real Time



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