sábado, 26 de outubro de 2024

MANÍACO DO PARQUE PODE SER SOLTO EM 2028 MAS ESPECIALISTAS AFIRMAM QUE ELE VOLTARÁ AO CRIME

Se solto em 2028, Maníaco do Parque voltará a matar, alerta promotor do caso

Segundo Edilson Mougenot Bonfim, a periculosidade de Francisco de Assis Pereira é incorrigível

Francisco de Assis Pereira, o "Maníaco do Parque", foi condenado a quase 285 anos de prisão por crimes cometidos no fim dos anos 90, quando assassinou sete mulheres e violentou outras nove em São Paulo. Devido à legislação brasileira vigente na época, que limitava o tempo máximo de cumprimento de pena a 30 anos, há expectativa de que ele seja solto em 2028. Esse possível cenário trouxe à tona discussões sobre a periculosidade do réu e a capacidade do sistema penal em lidar com casos extremos como esse. Em entrevista ao Migalhas, o promotor Edilson Mougenot Bonfim, responsável pela acusação no Tribunal do Júri, expôs suas reflexões sobre o caso e a legislação penal brasileira.

Mougenot Bonfim é autor de "O julgamento de um serial killer: o caso do Maníaco do Parque" e fundador da Escola de Altos Estudos em Ciências Criminais. Para o promotor, a natureza da psicopatia de Assis revela uma incapacidade de reabilitação. "Não sou eu com opinião pessoal, é a ciência que diz isso; é unânime na psiquiatria mundial que pessoas que sofram desse transtorno de personalidade antissocial, no mais alto grau, como o dele, que torna ele um serial killer, são incorrigíveis, incapazes de aprender pelo exemplo, incapazes de um juízo autocrítico, sincero e, portanto, incapazes de correção."

O promotor ressalta que a periculosidade de Assis só está contida enquanto ele estiver encarcerado. "Hoje ele não apresenta uma periculosidade porque o homem é ele e suas circunstâncias, e ele está preso com todo o policiamento ostensivo, está recluso, mas a partir do momento que, eventualmente, viesse a ganhar a liberdade, a personalidade dele seria a mesma, com o mesmo transtorno, e logo ali estaria presente o mesmo perigo e o mesmo risco", declarou Bonfim

Fonte: www.migalhas.com.br


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