Dia do Orgulho LGBTQIA+: conheça a história por trás da data e da revolução que a criou
O mês de junho é reconhecido em diversas partes do mundo como o Mês do Orgulho LGBTQIA+, tendo o dia 28 como a sua principal data. Porém, muitos não sabem porque essa é a data escolhida para representaro movimento. Tudo começou com uma revolução, que desencadeou outras milhares e mudou a maneira como o mundo trata pessoas desta comunidade.
A história começou em 1969, nos Estados Unidos, na região de Manhattan, cidade de Nova Iorque. Naquela época, a repressão contra membros da comunidade LGBTQIA+ era constante e os policiais costumavam perseguir homens e mulheres por suas orientações sexuais e expressões de gênero. Era costumeiro que os agentes de segurança pública invadissem locais frequentados por gays, lésbicas, bissexuais e transexuais para agredir e prender clientes e funcionários.
Porém, na madrugada do dia 28 de junho, a repressão tomou um caminho diferente. Ao tentarem cometer a repressão no bar Stonewall Inn, os policiais foram surpreendidos por uma resistência e reações dos clientes. A resistência deu início a uma confusão que durou vários dias e deu luz à uma rebelião conhecida como Revolta de Stonewall. A ação inspirou outras ao redor do mundo, eternizando a data como o dia de celebrar o orgulho e direitos da comunidade LGBTQIA+.
Stonewall é considerado o epicentro do movimento e permanece até hoje como tal. No Brasil, movimentações importantes também colaboraram para a luta contra o preconceito, antes e depois da rebelião. De acordo com pesquisadores, mesmo pensada a partir da ideia de processo histórico, a construção do movimento LGBTQIA+ brasileiro é um fenômeno complexo, que envolve um conjunto grande de acontecimentos e realizações. Alguns se destacam pela repercussão e capacidade de inspirar outros grupos.
O pesquisador Luiz Morando destaca as tentativas de organização de encontros nacionais de homossexuais e travestis entre 1959 e 1972. As principais ocorreram em Belo Horizonte, Niterói, Petrópolis, João Pessoa, Caruaru e Fortaleza.
A partir dos anos 1990, as “marchas” ou “paradas” passaram a ser manifestações públicas importantes de demonstração do orgulho LGBTQIA+ e de reivindicação de direitos. As primeiras tentativas começaram ainda na década de 1980, por não conseguirem reunir número significativo de pessoas. Atualmente, o Brasil tem a maior Parada do Orgulho do mundo, que acontece anualmente na cidade de São Paulo.
A comunidade também conquistou uma série de direitos importantes após lutas nas ruas e na justiça.
Atualmente, o Brasil é um país que, em termos legais, protege e defende os direitos LGBTQIA+, como a união civil oficializada, a adoção por casais homoafetivos, a retificação de documentos de pessoas trans, o uso do nome social e outros.
Fonte: O Poti
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