quarta-feira, 20 de março de 2024

EMPRESA QUE DETÉM A CONCESSÃO DO TREM BALA RIO-SÃO PAULO INFORMA QUE AS OBRAS INICIARÃO EM 2027


Trem-bala entre RJ-SP, que se arrasta há 35 anos, tem início de obras previsto para 2027

Com previsão de entrega em 2032, as obras do TAV Brasil, que ligará o Rio de Janeiro a São Paulo, ainda não foram iniciadas. A autorização para construir o modal de alta velocidade foi concedida à empresa responsável em 22 de fevereiro de 2023, mas até agora só houve avanços nos estudos para o início das obras e na captação dos recursos para a construção do TAV, que é uma promessa há 35 anos. Segundo o Poder 360, a obras devem começar em 2027, conforme consta no cronograma da empresa, que deve apresentar os estudos de viabilidade à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) até dezembro de 2024.

Segundo o veículo, a empresa informou que o 1º ano teria sido voltado ao diálogo com as prefeituras das cidades por onde o trem vai passar e com possíveis parceiros e potenciais investidores. Até o momento, a companhia já firmou acordos com 6 NDAs (sigla em inglês para acordos de confidencialidade), com grupos internacionais interessados em investir no empreendimento, que também deve contar com a captação de recursos através do mercado verde, para conseguir investimentos de fundos voltados para projetos sustentáveis.

Orçado em R$ 50 bilhões e com prazo de exploração de 99 anos, no projeto do TAV Brasil há previsão de serem construídas 4 estações: as capitais Rio de Janeiro e São Paulo; e São José dos Campos (SP) e em Volta Redonda (RJ). O projeto não conta com a participação do Governo Federal, que não manifestou interesse no projeto. Sendo assim, o empreendimento será todo custeado pelo setor privado, disse o diretor-presidente da Infra S.A, Jorge Bastos, na época.

O TAV será construído através do modelo de autorização no qual uma empresa pode construir os trilhos sem passar por um leilão – ocasião em que há competição com outras empresas do setor. O modelo foi elaborado para viabilizar pequenas linhas ou reativar as abandonadas. Com aprovação do novo marco das ferrovias, destinado a tratar exclusivamente sobre o assunto, centenas de projetos com o propósito de construção de novos trechos, alguns deles de longa distância, foram apresentados. Seu principal defensor foi governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), quando estava no comando da Infraestrutura no governo de Jair Bolsonaro (PL). Foi ele quem enviou ao Congresso uma medida provisória com o mesmo conteúdo do projeto de lei, que era discutido no Senado – sem sucesso -, para o debate da matéria. A manobra surtiu efeito e o projeto foi aprovado meses depois.

Fonte: Diário do Rio


Nenhum comentário:

Postar um comentário