terça-feira, 8 de agosto de 2023

NEUROCIENTISTA DESCOBRE O QUE A POPULAÇÃO JÁ SABE: POLÍTICOS NÃO PENSAM NO FUTURO E PRIORIZAM GANHOS IMEDIATOS E INDIVIDUAIS

De acordo com neurocientista, alguns políticos não pensam no futuro, pois a região no cérebro relacionada à prevenção está afetada

Fabiano de Abreu Agrela observa uma preocupante tendência entre políticos, que parecem priorizar apenas ganhos imediatos e individuais

Hoje em dia é cada vez mais evidente a importância de eleger líderes capazes de planejar e trabalhar para um futuro próspero e sustentável. A capacidade de pensar estrategicamente e tomar decisões conscientes, considerando os impactos de suas ações no longo prazo, é fundamental para garantir uma governança eficiente e que assegure a qualidade de vida das gerações futuras.

Entretanto, tem-se observado uma preocupante tendência entre alguns políticos, que parecem priorizar apenas os ganhos imediatos e individuais, negligenciando a necessidade de prevenção e planejamento para o futuro. Esta postura levanta questões sobre a capacidade de nossos líderes em tomar decisões responsáveis e voltadas para o bem-estar coletivo a longo prazo.

O pós PhD em Neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, destaca que muitas vezes, para ser político, precisa ser popular, se destacar, chamar a atenção ou não se consegue votos, “Essas são ações narcísicas, que com o tempo, elevam o narcisismo homeostático humano a um patamar patológico”, explica.

O pesquisador afirma que diversos estudos científicos têm contribuído para compreender melhor os aspectos neurobiológicos envolvidos no comportamento político e na tomada de decisões, “Descobriu-se que a região do cérebro responsável pela prevenção e ponderação das consequências a longo prazo, o córtex pré-frontal orbital, pode ser afetada em indivíduos com traços narcisistas. Essa alteração pode ter implicações significativas na forma como alguns políticos narcisistas tomam decisões, priorizando seus interesses pessoais e imediatos em detrimento do bem comum e das necessidades futuras da sociedade”, acrescenta o especialista.

Abreu ressalta que estudos comprovam que o narcisismo afeta o lobo frontal no cérebro, “Como exemplo de um estudo na Nature que mostra alterações prejudiciais nas regiões do córtex pré-frontal medial, orbital e dorsolateral bilateral, bem como córtice insular esquerdo”, informa.

Ele acrescenta que é pertinente questionar até que ponto podemos depositar nossa confiança no futuro nas mãos de líderes políticos com tendências narcisistas, cujas ações são influenciadas pelo desejo de destaque a curto prazo, “Dessa forma, é essencial examinar de perto as características e comportamentos dos políticos atuais, para que possamos refletir sobre os rumos da governança e como podemos trabalhar para garantir um futuro mais consciente, inclusivo e próspero para todos”, finaliza.

Fonte: MF Press Global


Nenhum comentário:

Postar um comentário