terça-feira, 1 de agosto de 2023

CLASSE EMPRESARIAL DO RIO GRANDE DO NORTE VÊ A PRODUÇÃO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS COMO FONTE DE MUDANÇA NA ECONOMIA DO ESTADO

FIERN projeta que geração de energia por meios renováveis mudem patamar econômico do RN

No ano em que completa 70 anos, FIERN olha para o futuro e crê que eólica offshore, hidrogênio verde e energia fotovoltaica serão base para novo ciclo na economia potiguar

Nos próximos anos, o Rio Grande do Norte vive a expectativa de se tornar um importante personagem da economia nacional no quesito energia. Após 70 anos de atuação, a Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN) dá um passo adiante ao projetar o futuro. Principalmente com a fotovoltaica e a possibilidade da chegada da produção eólica offshore – gerada em alto-mar – e do hidrogênio verde. A Casa da Indústria tem a expectativa de que estes novos mercados elevem o status econômico do RN.

Amaro Sales, presidente da FIERN, afirma que o estado tem se tornado um protagonista quando o assunto é geração de energia por meio de fontes renováveis. “A tendência é de uma ampliação ainda maior deste segmento, uma vez que as energias eólica e fotovoltaica são vocações inegáveis do Rio Grande do Norte. O estado é, atualmente, líder na geração com fonte eólica no país e tem projetos contratados que devem ampliar ainda mais essa condição no setor. Mas o potencial é ainda mais significativo, com o início das atividades offshore”, disse.

Aproveitando o potencial geográfico do estado, rota dos ventos alísios – que seguem dos trópicos em direção à linha do Equador –, a Federação aguarda um novo ciclo de desenvolvimento econômico que inicie uma transição energética e a descarbonização. “E um dos desdobramentos será a ampliação e o aprofundamento do mapeamento do potencial eólico offshore na Margem Equatorial Brasileira. Diante da necessidade de pensar e atuar estrategicamente nas ações que utilizam o mar direta ou indiretamente, a FIERN criou, no Rio Grande do Norte, junto com as empresas associadas, o Cluster Tecnológico Naval do RN, uma associação que reúne entidades representativas, empresas públicas e privadas, instituições acadêmicas e órgãos públicos”, avaliou.

Ainda de acordo com o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte, não é possível prever se o RN alcançará patamares de estados industrializados, como Bahia e Pernambuco, mas é possível aguardar uma mudança de panorama.

“As possibilidades que o Rio Grande do Norte tem para um novo ciclo de desenvolvimento com os investimentos que deverão ser conquistados com as oportunidades a partir da expansão das energias renováveis podem, sim, mudar o panorama do Estado. Algumas condições estão dadas, outras precisam ser trabalhadas, articuladas e plenamente aproveitadas para que se revertam no desenvolvimento econômico que corresponde a essa oportunidade”, adiantou Amaro Sales.

Fonte: AgoraRN


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