domingo, 11 de junho de 2023

MARINHO CHAGAS: UM POUCO DA HISTÓRIA DE UM DOS MAIORES CRAQUES DO FUTEBOL POTIGUAR

Uma lenda do futebol do Rio Grande do Norte

Francisco das Chagas Marinho, mais conhecido como "Diabo loiro" (Natal, 8 de fevereiro de 1952 — João Pessoa, 1 de junho de 2014) foi um futebolista brasileiro que atuou como lateral-esquerdo, apesar de ser destro. Caçula de uma família de nove irmãos, o menino magro do bairro do Alecrim, em Natal, foi levado por um sargento da Marinha ao Riachuelo, pequeno clube da Grande Natal, em 1967. Despontou para o futebol em 1969 e no ano seguinte, ele teve seu passe comprado pelo ABC. Em 1970, com Alberi e Marinho no time, o ABC quebrou um jejum de três anos sem títulos no Campeonato Potiguar. Chegou ao Naútico em 1971. Em um amistoso pelo Náutico em Kingston, trocou uma camisa por três discos com o cantor Bob Marley. Chegou ao Botafogo em 1972 e fez sua estreia contra o Santos de Pelé. Foi vencedor, por dois anos consecutivos (1972/73), da Bola de Prata da revista Placar. O sucesso na Copa de 74 fez o Schalke 04 enviar uma proposta pelo Diabo Loiro, mas que foi recusada. Marinho ficou no Botafogo até 1977 e se transferiu para o Fluminense em 1978. A passagem pelo Tricolor das Laranjeiras foi rápida e durou apenas um ano. Depois de atuar dois anos no futebol norte-americano (Cosmos, em 79, e Strikers, em 80), Marinho Chagas retornou ao futebol brasileiro para jogar no São Paulo. Pelo clube, conquistou o título paulista de 1981e a terceira Bola de Prata da revista Placar. Ao todo foram 85 jogos com a camisa do Tricolor do Morumbi, tendo 46 vitórias, 16 empates e 23 derrotas, e quatro gols marcados. Em 1985, Marinho retornou ao futebol carioca para atuar no Bangu, mas não teve sucesso. Ainda atuou pelo Fortaleza, em 86, e América (RN), também em 86. Encerrou a carreira como jogador no Harlekin Augsburg, da Alemanha, em 1987.

Seleção Brasileira

Atuando pelo Botafogo chegou a Seleção Brasileira. Estreou em 25 de junho de 1973 em partida amistosa contra a Suécia em Råsunda. Ficou marcado pelo atrito com o então goleiro Leão após o jogo contra a Polônia, perdido por 0–1, durante a Copa do Mundo FIFA de 1974 que valia a 3ª posição. Foi eleito o melhor lateral esquerdo da Copa do Mundo de 1974.

Pela Seleção Brasileira, Marinho Chagas atuou em 36 partidas (24 vitórias, 9 empates, 3 derrotas) e marcou quatro gols. Tentou ainda uma carreira como treinador, mas não vingou. O primeiro e único time sob seu comando foi o Alecrim. Nos seus últimos anos de vida, morou em sua cidade natal, onde foi comentarista da Band Natal. Foi homenageado diversas vezes no Rio Grande do Norte; a última delas foi uma estátua sua entre as decorações da cidade do Natal para a Copa do Mundo. Ele também havia sido nomeado pela então prefeita da cidade Micarla de Sousa como embaixador da cidade-sede para a Copa do Mundo.

Morte

Faleceu em 1 de junho de 2014 após sofrer uma hemorragia digestiva alta. A vida de Marinho Chagas é contada no livro "A Bruxa e as vidas de Marinho Chagas", escrito pelo jornalista Luan Xavier e publicado em novembro de 2014 em Natal.

Blog 30zero7/Facebook


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