quarta-feira, 29 de março de 2023

NA CBTU/MG PRIVATIZADA COMEÇA A PRESSÃO AOS FUNCIONÁRIOS

Funcionários da CBTU/MG denunciam ter acesso à empresa barrado após concessão

"Entrei na empresa no concurso de 1986. Fui proibido de entrar no refeitório. Esse é o resultado do processo de privatização", frisou um dos colaboradores

Funcionários da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) que têm relação efetiva com o Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro) denunciam que estão sendo proibidos de entrar nas dependências da empresa. A medida teria sido aplicada pela Comporte após quatro dias da assinatura oficial da concessão do metrô de Belo Horizonte, tornando o empreendimento o novo responsável pelos trens.

Raimundo Bartolomeu, de 71 anos, é funcionário da CBTU há 37 anos. Ele está em processo de aposentadoria e integra a diretoria do Sindimetro. O profissional do transporte sobre trilhos fez um vídeo onde reclama que foi barrado de entrar no refeitório da empresa. Por isso, se viu obrigado a almoçar sentado na portaria.

"Entrei na empresa no concurso de 1986. Fui proibido de entrar no refeitório. Esse é o resultado do processo de privatização", frisa Raimundo no vídeo.

A presidente do Sindimetro Alda Lúcia Santos ainda acrescenta que as proibições também se estendem aos demais funcionários que não têm vínculo efetivo com o sindicato. Segundo ela, a Comporte afixou em seu quadro de avisos um comunicado que diz que os funcionários só poderão acessar as edificações da empresa com a devida liberação de seu superior.

"Os funcionários estão sendo proibidos de entrar em diversas partes da empresa. Até no refeitório eles estão sendo barrados. E quem participa de nossas assembleias não está tendo o direito nem de voltar para seus postos de trabalho porque os portões da empresa não são abertos", diz Alda. 

Sobre a greve dos metroviários

Alda também avalia que a greve total dos trens marcada pela categoria para acontecer nesta terça-feira (28) não teve adesão total porque os trabalhadores estão com medo das medidas arbitrárias que a Comporte assumiu.

"Com tantas proibições, muitos funcionários estão com medo do que vai acontecer daqui pra frente, por isso, os trens vão ficar saindo a cada 30 minutos das estações. Temos nossa estabilidade, e a Comporte não pode mudar o acordo coletivo, não podemos sofrer essas proibições", complementou Alda.

O que diz a Comporte

O MetrôBH, do grupo Comporte, foi procurado e informou que não vai comentar sobre a questão.

Fonte: Portal O Tempo


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