Por 358 votos a 32, Câmara aprova urgência para projeto que proíbe alterações no texto da Bíblia
Proposta de Pastor Isidório (Avante-BA) teve apoio de partidos da oposição, como PT, PSB e PCdoB, e do Centrão, bloco de apoio ao governo. PSOL e Novo apontam 'precedente perigoso'
Com apoio de partidos da base governista e da oposição, a Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (04/05) por 358 votos a 32 um requerimento para tramitação em regime de urgência de um projeto que proíbe a introdução de mudanças em novas edições da Bíblia.
A aprovação da urgência acelera a tramitação do texto, que agora pode ser votado diretamente no plenário da Câmara, sem a necessidade de passar pelas comissões temáticas na Casa.
Deputados do PSOL e do Novo que votaram contra a urgência para o projeto consideraram um “precedente perigoso” o Congresso legislar a respeito de texto religioso (leia mais abaixo).
De autoria do deputado Pastor Isidório (Avante-BA), a proposta proíbe “qualquer alteração, edição ou adição aos textos da Bíblia Sagrada, composta pelo Antigo e pelo Novo Testamento em seus capítulos ou versículos”.
Também estabelece que fica assegurada a pregação do conteúdo da Bíblia em todo o território nacional. O projeto não especifica qual seria a sanção para quem descumprir.
Segundo Pastor Isidório, alterações na redação da Bíblia são “flagrantemente uma intolerância religiosa” e “grande ofensa para a maioria dos brasileiros, independente da sua religião”.
Isidório foi o autor do primeiro projeto apresentado na atual legislatura, em fevereiro de 2019. Na ocasião, o deputado protocolou proposta para transformar a Bíblia em “Patrimônio Nacional, Cultural e Imaterial do Brasil e da Humanidade”. Ele é conhecido na Câmara por sempre circular pelas dependências da Casa com uma bíblia na mão.
Fonte: g1.globo.com
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