sábado, 2 de outubro de 2021

FALTA DE PRODUTOS DE HIGIENE ÍNTIMA É UMA REALIDADE DA MULHER EM VULNERABILIDADE SOCIAL

O que é pobreza menstrual, problema que afeta milhares de pessoas no Brasil

A pobreza menstrual é definida pela falta de informação e produtos necessários durante o período da menstruação. O principal problema é o fato do tema não ser discutido abertamente. De acordo com o Levantamento Nacional Inédito, coordenado pela antropóloga Mirian Goldemberg, pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), uma em cada quatro jovens já faltou à aula por não poder comprar absorvente.

Os dados foram baseados em entrevistas com mulheres de todo o Brasil entre 16 e 29 anos para entender os impactos da pobreza menstrual. Segundo o Levantamento, uma mulher gasta cerca de R$ 3 mil a R$ 8 mil com absorventes ao longo da vida – lembrando que os produtos de higiene menstrual são colocados como cosméticos de luxo e tributados desta forma.

Pela disparidade tão grande entre a sociedade que sofre com insuficiência de estrutura e quem não menstrua, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu em 2014 que o direito à higiene menstrual é uma questão de saúde pública e de direitos humanos. 

Nessa linha de raciocínio, a Escócia foi o primeiro país a elaborar um plano de distribuição gratuita de absorventes. A Plan International do Reino Unido é uma instituição não governamental humanitária que promove programas e projetos centrados em crianças e adolescentes. De acordo com eles, estima-se que 49% das meninas perderam um dia inteiro de aula por causa da menstruação, das quais 59% inventaram uma mentira ou uma desculpa alternativa.

Além disso, uma pesquisa de 2018 promovida pela marca de absorventes Sempre Livre apontou que 22% das meninas de 12 a 14 anos no Brasil não têm sequer acesso a produtos higiênicos adequados durante o período menstrual. A situação se agrava entre adolescentes de 15 a 17 anos, subindo para  26%. 

O que é pobreza menstrual? 

Pobreza menstrual é o difícil acesso aos absorventes e kits de higiene com impacto na vida produtiva, na autoestima e também na inserção das pessoas que menstruam no mercado de trabalho.

Fonte: Agência Brasil


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