segunda-feira, 24 de agosto de 2020

NESSA VELOCIDADE DE VACINAÇÃO A EDUCAÇÃO VAI DEMORAR A NORMALIZAR

Foto: Unaids

Médica brasileira Mariângela Simão afirma que há a expectativa de vacinar 20% da população até o fim de 2021

Em mais de 30 anos de carreira, a médica curitibana Mariângela Simão acompanhou de perto o combate às moléstias contemporâneas: Aids, ebola, hepatite viral. Agora, como diretora de Acesso a Medicamentos, Vacinas e Produtos Farmacêuticos da Organização Mundial da Saúde, lidera um desafio ainda maior: conter a doença respiratória mais letal dos últimos cem anos, que infectou mais de 22 milhões de seres humanos e matou cerca de 800 mil até o momento.

O sucesso no combate à doença, avalia, depende de três condições. Além de encontrar uma vacina segura, eficaz e distribuí-la em escala, é preciso descobrir um medicamento que evite mortes pela doença. Falta ainda garantir a massificação de testes seguros. Diante desses desafios, a médica não fala em vencer, mas controlar a pandemia. “Precisamos de soluções globais.”

A corrida pela vacina, aliás, ganhou tons de Guerra Fria, desde que a Rússia pleiteou a pole position com um imunizante testado em apenas algumas dezenas de cidadãos. Governos de todo o mundo têm prometido oferecer as primeiras doses de uma vacina segura e eficaz antes do fim do ano. As expectativas da OMS, contudo, são bem menos apoteóticas. “Esperamos vacinar até 20% da população até o fim do ano que vem.”

FONTE: CARTA CAPITAL


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