segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

CASO JOÃO DE DEUS

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DENÚNCIA GRAVE ENVOLVE O MÉDIUM JOÃO DE DEUS

O caso de João de Deus, apresentado pelo "Programa do Bial", causou mais azáfama na comunidade política do que o caraminguá que os assessores depositavam na conta do assessor do filho de Bolsonaro. Com efeito, é raro o político que não tenha ido, com a família, para Abadiânia. Os relatos apresentados no programa, somando-se aos que se seguiram nos jornais do fim de semana, impressionam. É preciso, como se diz alhures, ouvir os dois lados. E, além disso, é bem o momento de lembrar o brocardo latino segundo o qual "nada do que é humano nos é alheio".

História

Já que a temática é mediunidade, é bom lembrar interessantíssimo caso no qual se discutiu o valor probatório da psicografia. Referimo-nos ao mais famoso deles, que trata da obra de Humberto de Campos.

Desencarnado em 1934, o escritor, muito lido na época, iniciou, em 1937, pela mediunidade de Chico Xavier, a transmissão de várias obras de crônicas e reportagens, todas editadas pela Federação Espírita Brasileira, entre as quais sobressai "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho". No ano de 1944, a viúva de Humberto de Campos ingressou em juízo, movendo um processo contra a Federação Espírita Brasileira (defendida brilhantemente pelo advogado Miguel Timponi) e Francisco Cândido (Chico) Xavier, no sentido de obter uma declaração de que essa obra mediúnica "era ou não do 'Espírito' do falecido marido". Em caso afirmativo, ela queria os direitos autorais.

O assunto causou muita polêmica e, durante um bom tempo, ocupou espaço nos principais periódicos do país. A autora, D. Catarina Vergolino de Campos, foi julgada carecedora da ação, por sentença de 23 de agosto de 1944, lavrada pelo Dr. João Frederico Mourão Russell, juiz de Direito em exercício na 8º vara Cível do antigo Distrito Federal. Tendo ela recorrido da sentença, o Tribunal de Apelação manteve-a por seus jurídicos fundamentos, tendo sido relator o saudoso ministro Álvaro Moutinho Ribeiro da Costa.


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