quinta-feira, 18 de outubro de 2018

A HORA É DE AVALIAÇÃO

Resultado de imagem para Eleição 2018: divisor de águas

ELEIÇÃO 2018
DIVISOR DE ÁGUAS

O eleitorado brasileiro deu provas de avanço em termos de conscientização e de participação, não somente em trabalho organizado em prol de candidatos como também em mobilização democrática e saudável, contra adversários, como se viu no movimento “ele não”, liderado por grupos femininos em oposição a Jair Bolsonaro. Para isso muito contribuiu a utilização das redes sociais.

Percebe-se o povo brasileiro mais crítico e disposto a promover mudanças na mentalidade política (e principalmente dos políticos), haja vista que tradicionais e quase vitalícios caciques foram defenestrados nas urnas. Entre muitos, podem ser citados Agripino Maia (RN), Jorge Viana (AC), Ricardo Ferraço (ES), Vicentinho Alves (TO), Romero Jucá (RR), Edison Lobão (MA) e Eunício de Oliveira (CE).

Tivemos outros bons exemplos da atenção do eleitor no sentido de promover filtragem na política. Emblemático foi o fato da rejeição a envolvidos em corrupção, principalmente investigados pela Lava Jato. A própria Força Tarefa relacionou 31 políticos investigados e/ou réus que não se elegeram; entre os nomes mais conhecidos estão: Alfredo Nascimento (PR-AM), Aníbal Gomes (MDB-CE), Benedito de Lira (PP-AL), Beto Richa (PSDB-PR), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Delcídio do Amaral (PTC-MS), Garibaldi Filho (MDB-RN), José Carlos Aleluia (DEM-BA), José Mentor (PT-SP), Lindbergh Farias (PT-RJ), Luiz Sérgio (PT-RJ), Marconi Perillo (PSDB-GO) e Valdir Raupp (MDB-RO).

É correto afirmar que a renovação só não foi maior porque o financiamento público de campanha não beneficiou os novos, sendo distribuído preferencialmente para os caciques e candidatos tradicionais e influentes em seus respectivos partidos, barrando oportunidades aos iniciantes e funcionando como desestímulo.

Ficou evidente, também, que esta eleição foi visivelmente plebiscitária, polarizada entre duas correntes, o petismo e o antipetismo. O primeiro turno deixou essa tendência bem clara, tanto assim que para o segundo turno foram Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL).


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